Ansiedade e Autoexigência

Se você é uma pessoa ansiosa e auto exigente, provavelmente sua infância foi assim:

Espera. Volta a fita um pouquinho…

Infelizmente, a resposta do porque você tem um padrão de autoexigência e episódios de ansiedade pode não ser tão simples assim.

Nem todos os nossos problemas têm grandes explicações voltadas para nossa infância, e nem tudo o que sentimos ou a forma como nos comportamos é fruto de traumas infantis ou de um possível pai ou mãe “narcisista”.

Comportamento humano é complexo. Não existe algo único que nos faz sofrer ou nos comportar de formas que nos prejudicam mais do que ajudam.

Nosso corpo afeta a forma como nos comportamos (todo nosso organismo e biologia nos afetam de forma única, não há como escapar). Nossa história única e singular afeta a forma como nos comportamos (tudo o que aprendemos em nossa história, como nossa família, amigos, parentes, contextos em que convivemos, crescemos e com quem interagimos). E nossa cultura afeta a forma como nos comportamos (tudo ao que somos expostos em um nível amplo e social nos afeta de alguma forma, as normas que aprendemos, o que socialmente – de maneira consciente ou não – aprendemos sobre certo ou errado também nos afeta).

Tudo isso não pode ser resumido em “sua infância foi X, por isso você é Y”.

Cada experiência é única, pois cada pessoa é única, e as experiências de cada pessoa diante dessas três variáveis muda também. A experiência de uma pessoa branca que se cobra em excesso pode ser bem diferente da experiência de uma pessoa preta que se cobra em excesso. Bem como é diferente a autoexigência e ansiedade de um homem em relação à como essa experiência é vivida por uma mulher, por exemplo.

Complexo, né?

Se você é uma pessoa que tem episódios de ansiedade, ou uma pessoa que se exige em excesso (ou os dois), só será possível entender porque você tem essa tendência, analisando de maneira bem específica a SUA história. Aqui, entra o papel da flexibilidade:

Pode ser muito difícil validar uma dificuldade, se não parece haver uma grande explicação para ela. Nesses momentos, vale lembrar do que eu trouxe aqui nesse post: seu comportamento é complexo e existem pelo menos três camadas de variáveis influenciando suas ações, isso por si só já torna sua dor e dificuldade válidas.

Por isso ter uma postura flexível pode ser importante: se abrir para a possibilidade de que você merece cuidado, compaixão e compreensão, mesmo que suas dores, dificuldades e sofrimentos não tenham vindo de uma infância X, Y ou Z.

Se permita olhar para si e para sua história com cautela, sem buscar respostas prontas e respeitando a singularidade das suas experiências, com abertura para a validação necessária, sem que isso precise necessariamente significar encontrar explicações rígidas sobre por que você é quem é.

E um bom caminho para isso, é claro, é a terapia.

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